segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sobre Ilo Krugli

Gostaria de me aventurar a falar de Ilo Krugli!


De 14 à 31 de maio, o governo do Estado do Acre promoveu a “Festival Vento Forte”, através da Usina de Arte João Donato. Ainda é possível assistir uma série de vídeos no You Tube sobre esse evento (digitando “Festival Vento Forte Acre”). Assim foi possível conhecer de perto o trabalho desse renomado ator, dramaturgo e diretor teatral.
O porquê da realização do “Festival Fentoforte” ninguém ficou sabendo ao certo. Alguns afirmam que o festival foi realizado para que o acriano tivesse contato com o verdadeiro teatro; outros afirmaram que eles vieram para contribuir com o curso de teatro da Usina. Há quem diga que essa foi a forma encontrada para ensinar os aristas a fazer teatro. A classe artística está até hoje se perguntando por que o governo não promove também um festival com as produções locais? Chega a ser engraçado! Bom, essas conversas fizeram com que muitas pessoas não acompanhassem o “Festival Ventoforte”.
Independente desse fato, eu assisti todos os espetáculos do Ilo, porque sei que não há motivo forte o suficiente que justifique a um artista não apreciar o trabalho desse renomado amante do teatro. Assisti duas vezes às peças “Bodas de Sangue” e “Se o Mundo fosse Bom o Dono Morava Nele”. Lindas!
Eu e o Dinho convidamos Ilo e seu grupo para jantar em nossa casa. Passei a noite toda com vontade de tirar uma foto com ele, mas fiquei envergonhada de pedir. Comemos moqueca de peixe, regada à muita conversa. Ilo é sinônimo de simplicidade e alegria. Fala de teatro a noite inteira e não se cansa! É uma delícia ouvi-lo!
Quando assistimos as montagens de Ilo, a primeira palavra que me vem à mente é “poesia”. Ele parece querer casar o teatro com a poesia! Seus recursos cênicos são simples e se repetem em diferentes espetáculos. Usa e abusa dos tecidos e dos quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e ar. A música também está presente e em muitas peças o público participa literalmente das cenas. Eu mesma e meu filho José Neto, fizemos muito pão na peça “Mistério no Fundo do Pote”.
Acredito que todos esses aspectos do trabalho de Ilo servem de referência para o trabalho com teatro na sala de aula. Aprendemos que não é preciso complicar na hora de cria e encenar. Tudo pode partir do simples, objetivando alcançar o que a arte tem de melhor.
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Ilo Krugli, segundo a Wikpédia:

Ilo Krugli Buenos Aires - dezembro de 1930. Diretor,ator, artista plástico e escritor. Muda-se para o Brasil em 1960, é naturalizado brasileiro desde 1961. Primeiro trabalha na cidade do Rio de Janeiro e depois reside em São Paulo, a partir de 1980. Uma das principais figuras do teatro para crianças no Brasil, é também o fundador de um dos mais importantes grupos teatrais da história artística do Brasil - o Ventoforte.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilo_Krugli

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Carta ao Multimeios



Engana-se quem pensa que por ser uma atrizes possuo facilidade para falar em público e expressar meus sentimentos a qualquer momento.

Quando me expresso no palco tenho consciência do contexto onde estou inserida e sei exatamente o que acontecerá em seguida! Então, falar é muito simples! Penso, sinto e falo. Pronto! Mas, na vida as situações não permitem ensaios.

Antes de falar surge um medo de cometer injustiça ao mencionar o nome de alguém e esquecer outro, de chorar no meio da fala e estragar a alegria ou simplesmente de não conseguir expressar o todo. Nem sempre sabemos por que merecemos tantas coisas boas.

Hoje, me senti homenageada por um grupo de pessoas que convivo diariamente. Confesso que fiquei desconcertada. Achei mais fácil “disfarçar” que estava tudo bem, que tudo era comum e natural. Difícil mesmo foi falar!

Como dizer as palavras certas, com a certeza de que elas sairiam com a intensidade do sentimento daquele momento?

É difícil imaginar ser possível improvisar um discurso capaz de dizer “Muito obrigada pelo carinho, respeito, confiança...”. Sem ensaio ficou difícil arriscar!

Sei que estou longe de ser merecedora de tanto carinho, mas eu quero dizer agora, aqui nessa parede, mesmo sem ensaio: muito obrigada! Valeu. Que o Senhor Jesus Cristo retribua em dobro tudo aquilo de bom que vocês desejaram para mim, nos meu aniversário de 35 anos de idade.
Um cheiro!

De Marilia,
Para o Multimeios!

Rio Branco-Acre, 08 de setembro de 2009
23 horas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ARTE POSTAL

A Atividade & de TCE3 dessa semana nos convida a trabalhar com a Arte Postal. Depois das leituras, fomos orientados a realizar a seguinte atividade:

"Primeiramente, poste no tópico “meu endereço” um endereço para que você possa receber os trabalhos dos colegas. Depois escolha um ou mais amigos, crie um ou vários trabalhos e envie-os pelos Correios. Lembre-se, para fortalecer a idéia de rede e comunicação você pode criar trabalhos que possam circular livremente, ou seja, você envia, alguém recebe e esta pessoa, por sua vez, repassa para outra, que repassará para outra, que repassará, repassará... Assim, construiremos um processo. Um trajeto artístico! Sejam criativos e expressivos."

Para escolher os colegas para receber minha arte postal, tomei como referência aqueles que primeiro escreveram no Fórum “Meu Endereço”.
Utilizando papel específico para cartão, formulei um modelo padrão contendo o Remetente do mesmo lado da arte (desenho), e o Destinatário do outro lado, acompanhando uma mensagem pessoal.
A interferência das informações (Remetente e Destinatário) na própria obra foi algo consciente. Poderia também ter enviado a obra em um envelope, porém, optei em ver o selo no próprio cartão.Sabia que isso iria interferir na leitura da obra, assim como o selo interfere na mensagem. Infelizmente não consegui gravar no computador o verso do cartão para postá-lo aqui.
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As obras:
Para o Aparecido, desenhei minha mão com a aliança e escrevi “amovocêamovocê....”, nas margens do cartão, sem parar. Como somos casados há 12 anos, o cartão permite algo mais íntimo.


Para Françoise tentei reproduzir se rosto de Palhaça Coizinha e relacionei seu nome ao amor à arte.

Para o Clenes, enviei uma pequena reprodução de uma obra de Tarsila do Amaral( O Vendedor de Frutas) e pedi que ele tentasse adivinhar quem era a importante artista brasileira que havia pintado aquela obra. Também perguntei se a minha reprodução se parecia com a original. Não mencionei o nome da obra.

Para Bel desenhei a casa onde passei minha infância e para Cilenilce enviei as curvas do Rio que inicia essa postagem.
Havia imaginado trabalhar com colagem e fotografia.
Mas optei por trabalhar com desenhos, o que foi muito gratificante!
Marilia Bomfim




domingo, 13 de setembro de 2009

Novela


A novela “Caminho das Índias” é transmitida pela Rede Globo de Televisão de segunda a sábado, às 21 horas. Essa novela foi motivo de estudo para realização da atividade 5 de TCE3, que compreendia assistir durante duas semanas uma novela da TV brasileira.
O público alvo dessa novela é o adulto, mas a indicação do programa é para maiores de 12 anos. Isso se comprova através do enredo e pelo conteúdo das propagandas durante os comerciais, que divulgam produtos de beleza, carros, empréstimos bancários, cervejas e empresas de telecomunicações.
Como toda novela, “Caminhos das Índias” procura abordar diferentes assuntos, permeados sempre por encontros e desencontros amorosos. A história foi criada pela escritora Glória Peres, que descrever a cultura da Índia com suas tradições e diferenças sociais.
Muitas discussões são levantadas pela população, como é o caso das doenças mentais, como esquizofrenia e psicopatia e a vingança nos casos de traição amorosa. Às traições entre casais são resolvidas com atitudes de violência, aumentando ainda mais a audiência.
A autora enfatizar que a doença mental não escolhe raça ou classe social para acontecer e que as pessoas que sofrem dessa doença necessitam de acompanhamento clínico.
A novela apresenta uma família rica que tenta esconder a situação do filho esquizofrênico e uma família negra e pobre que também possui um filho nessas situações. Vale ressaltar que a classe alta é formada por pessoas brancas e a classe baixa por negros. Poucos negros aparecem no elenco. Apenas a família mencionada, uma balconista dançarina e uma empregada doméstica (negra e gorda) que se apresenta como uma figura “engraçadinha”.
O conceito de beleza segue o mesmo padrão defendido pela Rede Globo em todos os seus programas: mulheres e homens magros, jovens, bem vestidos e, em sua maioria, pessoas de pele branca. Esse padrão também se faz presente nos comerciais.
É baseado nesses aspectos que muitos estudiosos e críticos apontam os malefícios da novela brasileira e negam qualquer tipo de contribuição positiva desse tipo de arte. Alguns até não consideram a novela como arte. Mas, há também quem defenda as novelas afirmando que suas temáticas alertam a população para muitos problemas.
Evidente que tudo o que se apresenta não possui profundidade, visto que é uma ficção. Assim, não se deveria assistir a uma obra como essa esperando ver a verdade dos fatos, até porque se trata de uma produção que visa lucros.
Infelizmente, muitas pessoas acompanham a novela como se fosse um retrato fiel da realidade, deixando os valores e conceitos da trama influenciar no seu comportamento, pensamentos, linguagem e preferência de consumo. Olhando por esse prisma, as novelas prejudicam a cultura brasileira.
Marilia Bomfim

sábado, 5 de setembro de 2009

O Show de Truman - TCE3

“O Show de Truman” é um filme que apresenta a vida de um homem aprisionado dentro de um programa de TV, desde sua geração no útero de sua mãe. Uma população inteira acompanha Truman, se emocionando, torcendo e vibrando com o desenrolar de sua vida manipulada.
Enquanto todos sabem que se trata de um reality show, Truman imagina que possui uma vida normal e real. O personagem acredita ser um homem casado, possuir uma mãe, amigos, trabalho, ou seja, uma vida comum e pacata. No entanto, todos que convivem com ele são atores muito bem instruídos pelo diretor do programa de TV. O mundo o qual ele pertence é um imenso cenário projetado para o programa e manipulado por uma equipe técnica cercada de muita tecnologia.
Tudo é muito bem ensaiado para atingir o que o diretor pretende alcançar: audiência e dinheiro. O programa iniciou com uma proposta tímida, depois de anos em rede nacional atingiu uma audiência gigantesca capaz de transformar a emissora em um rico negócio. Evidente que o patrocínio maior desse império era a própria população, através do consumo de produtos anunciados no “Show Truman”.
Entre os atores principais dessa ficção estão Jim Carrey, Ed Harris, Laura Linney, Noah Emmerich, Natascha McElhone. Esse filme foi lançado nos Estados Unidos em 1998 e seu diretor foi Peter Weir. Em 1h42min de filme o espectador é convidado a se questionar o quanto contribui para os impérios das empresas de TV.
Quando Truman começa a descobrir a farsa, tudo parece ser diferente, causando-lhe desconfiança de tudo. Assim também acontece na vida real. Quando as pessoas começaram a perceber que nem tudo que a TV apresenta é real e saudável, o olhar se abre e a desconfiança se faz presente.
Duvidar do que se apresenta na televisão como verdade absoluta é o primeiro passo para identificar uma série de absurdos cometidos pela mídia, sempre em busca de lucro financeiro.
Quem consegue ver além das aparências consegue também priorizar o ser humano e seus valores, negando assim, qualquer tipo de sensacionalismo. Quem é usado nas reportagens e programas sensacionalistas deveria ser defendido pela população, o que não acontece. O reforço vem da audiência. Ora, só há oferta se houver consumidor.
Entre os atores principais dessa ficção estão Jim Carrey, Ed Harris, Laura Liinney, Noah Emmerich, Natascha McElhone. Esse filme foi lançado nos Estados Unidos em 1998 e seu diretor foi Peter Weir. Em 1h42min de filme o espectador é convidado a questionar o quanto contribui para os impérios da empresas de TV e como somos omissos diante dos absurdos apresentados ao público como Show.
O filme nos remete imediatamente aos programas brasileiros Big Brother, Casa dos Artistas e A Fazenda, que são montados baseados em programas americanos. No Big Brother, por exemplo, as pessoas se submetem a passar meses confinados em espaços artificiais, criando relacionamentos e disputas sem sentidos e que não tem nada haver com a cultura brasileira. O que o diferencia do “Show de Truman” é que no filme o participante não escolheu viver em um mundo de mentiras; escolheram por ele. Enquanto que nos programas brasileiros, milhares de jovens disputam uma vaga como se isso fosse um passaporte da felicidade.

Fotonovela

No encontro presencial dessa semana ocorrido na última terça-feira, os alunos do Curso de Teatro da UAB/UnB da disciplina de TCE3 concluíram que precisariam de mais um encontro para realizar a tarefa denominada de “Fotonovela”.
O segundo encontro aconteceu quinta-feira na residência dos alunos Dinho e Marilia. Já com o roteiro em mente a partir das discussões do encontro presencial, os alunos aperfeiçoaram a idéia, dividiram as tarefas e começaram a encenar e fotografar.
Em meios a risos e aprendizagem o trabalho foi concluído!








sábado, 22 de agosto de 2009

O Muro Que Nos Separa




MEMORIAL DESCRITIVO


O Muro Que Nos Separa
Marilia Bomfim Melo Gonçalves


Durante todas as leituras dos textos de TCE3, observei que a mídia, mais especificamente a TV, é uma espécie de muro que separa as pessoas. As músicas disponíveis no Ambiente de Aprendizagem confirmaram minha observação, principalmente a composição de Chico Buarque.
Realmente, a TV separa os seres humanos!
Para realizar essa atividade, pensei em várias formas para falar sobre o poder da mídia. Pensei em fazer uma arte sobre o slogan da Rede Globo, substituindo a frase “Globo e Você, tudo a ver!” por “Globo e você, tudo a dever”!
Também imaginei a população brasileira, com toda sua cultura, deixando o aparelho de TV do lado de fora do planeta. Isso parece impossível. Ou não é? Acredito que nossa cultura está sendo substituída por modismo e a televisão é a maior culpada.
Como achei melhor me concentrar na televisão que dificulta o relacionamento das pessoas em todas as esferas de relacionamento, desenhei duas pessoas que querem se abraçar, mas não podem porque há algo no caminho. Algo que objetiva apenas riqueza e poder, e pouco se importa com os cidadãos.
A verdade é que aos poucos, o aparelho de televisão vai se tornando um membro da família muito querido, sendo convidado para participar de todos os encontros. A TV é ligada na hora no almoço, do lazer, do descanso e até mesmo na hora de dormir. Quando chega visita em casa, a TV é ligada como se fosse imprescindível sua presença. É lamentável!
A TV brasileira está no meio do povo com informações distorcidas, com programas que deturpam nossa visão da realidade, prejudica o crescimento de nossas crianças, a maturidade de nossos jovens e extingue nossos costumes. Resta saber se seu lado positivo (do qual não relatei nesse artigo) é maior que os malefícios provocados por esse muro chamado TV.

A grande Família Brasileira?


A Grande família é um seriado exibido pela Rede Globo desde março de 2001. Trata-se trata-se de uma reinterpretação moderna de um seriado que foi ao ar no período de 1972 a 1975.
O elenco desta nova versão é formado por Marco Nanine (Lineu), Marieta Severo (Nenê), Pedro Cardoso (Agostinho), Guta Stresser (Bebel), Lúcio Mauro Filho (Tuco),Andréia Beltão (Marilda), Marco Oliveira (Beiçola), Tonico Pereira (Mendonça).

No programa que foi exibido no dia 13 de agosto de 2009 denominado “Quem Quer Ser Um Taxista?”, Bebel e Augustinho travam uma disputa pelo mercado de trabalho e é evidente que uma guerra do sexo passa a compor o enredo.
A Grande Família se propõe a retratar a família brasileira de classe média com seus encontros, desenconcontros, conflitos e anseiso, o que nos faz relacioná-la com a Comédia Nova. Vale ressaltar que essa família apresentada na série é a imitação das famílias dos grades centros do Brasil e em muito se diferencia das família de outras regiões do país.
Os questionamentos políticos ou as preocupações com educação, saúde ou cultura não estão presentes nos diálogos dos personagens. Tudo gira em torno da sobrevivência diária, dos romances e dos relacionamentos com visinho e amigos.

Augustinho é o personagem mais cômico com seus tragens coloridos caracterizados como “brega” . Ele traz as características de um malandro trapasseiro que se aproveita das pessoas que o cercam. Para ele não existe justiça. Mesmo ao final da história, Augustinho sempre se sai bem. Seu comportamento se mostra ao público como normal, visto que Augustinho é o “engraçadinho” da história e é o oposto de Lineu, que simboliza a moralidade (talvez, por isso, vista roupas "ultrapassadas" e está sempre muito sério).
Sabedores de como a televisão influencia o público, podemos concluir que o comportamento de Augustino e o fato dele sempre se sair bem das situação, é o aspecto mais prejudicial da Gande Família e deveria ser modificado o mais rápido possíve, pois ser engraçadinho não insenta o cidadão de cumprir seus direitos.
Há ainda um apelo muito grande ao consumismo feminino durante os comerciais, por isso, é possível perceber que realmente o público alvo dessa série é o adulto, em especial, a mulher. Todos os comerciais são voltados para a figura feminina, até mesmo propaganda de iogurte, além de divulgação de bancos, consercionárias e produtos de beleza. Interessante que o episódio enfocava a vontade de alguns personagens possuir um carro. Logo em seguida, os comerciais de consercioárias já eram a maioria.

Realmente, tudo é muito bem calculado na televisão brasileira. A a grande família brasileira precisa ficar mais atenta aos detalhes na hora de assistir a programação da TV.

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Sites de pesquisa:




terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Poder da Mídia


O tema central do filme “O Quarto Poder”, dirigido por Costa Gravas, é o poder da mídia perante a sociedade e sua influência na formação da opinião pública. Os personagens principais são: Repórter Max Brackett, interpretado por Dustin Hoffman; Sam Baily vivido por John Travolta e Alan Alda, interpretado por Kevin Hollander.

Os repórteres queriam fama e audiência, enquanto que Sam, de início, queria ser ouvido pela dona do Museu que o despediu. Depois de ser envolvido em um verdadeiro show de TV ao vivo, Sam desejava voltar para casa e ser aceito por sua família. Sua intenção nunca foi de seqüestrar crianças e fazer exigências à polícia.

O repórter Max induz as ações de Sam durante toda a história. No desfecho final, o próprio filme tenta causar no público uma comoção ao apresentar Max arrependido de suas atitudes, como se ele não tivesse nenhuma responsabilidade com o fim trágico de Sam.


Há uma série de hipocrisia e trapaças entre a própria categoria de profissionais da imprensa. O filme mostra a falta de ética profissional, onde a sociedade pouco importa para aqueles que decidem o que vai ser veiculado. Uma mesma reportagem, por exemplo, é editada de diferentes formas, obedecendo aos interesses das emissoras.
Esse filme apresenta também o que acontece no Brasil, pois os fatos são muito parecidos com a realidade da TV brasileira. Podemos associá-lo ao caso Eloar, onde a população foi “convidada” a não parar de assistir. Podemos citar ainda o sequestro do Silvio Santos ou todas aquelas reportagens que passam nas emissoras durante as tardes. “O Quarto Poder” mostra o mesmo circo armado.
“O Quarto Poder” é um filme que apresenta a mídia como o primeiro poder dentro de uma sociedade. A história de Sam provoca reflexão e emociona o público a partir de um roteiro muito bem pensado e interpretado.
Evidente que o filme e o documentário da semana “Muito além do Cidadão Kane” tem muito em comum, principalmente porque mostram o maniqueísmo doentio das emissoras de TV em busca de audiência e poder. O documentário produzido pela BBC de Londres centraliza-se na realidade brasileira, onde a Rede Globo influencia a vida política, social e cultural da população. Produzido em 1993, nunca foi ao ar no Brasil por decisão judicial, pois a Rede Globo não liberou as imagens de sua emissora.


“Muito além do Cidadão Kane” mostra o poder da TV Globo nas decisões políticas e seu envolvimento com contratos ilegais e apoios governamentais tendenciosos. Através de fortes argumentos, esse documentário nos apresenta uma emissora que ignora, distorce e manipula informações em prol de interesses econômicos e políticos. Os exemplos da eleição de Collor e a omissão da Rede Globo diante dos absurdos do Regime Militar são os pontos mais impressionantes do documentário.
Diante desse tipo de produção, também fica a interrogação do porquê a BBC teria interesse em ajudar a população brasileira a enxergar quem realmente é a Rede Globo. Por quê? Existe boa intenção nesse ramo?
Infelizmente temos que concluir que ainda estamos longe de possuir uma imprensa democrática capaz de promover a livre expressão. Precisamos, portanto, ficar mais atentos às informações e reconhecer que a família, e principalmente a escola, necessitam urgentemente levantar essa discussão, objetivando formar cidadãos mais críticos capazes de reconhecer o que realmente tem por trás das informações da mídia.

sábado, 15 de agosto de 2009

A roupa em três fases da vida






Foto 1 Foto 2 Foto 3
As fotos acima são da mesma pessoa: Marilia Bomfim, nascida em 1974.
A primeira foto foi tirada aos nove meses de idade e na ocasião Marilia está com uma fralda plástica, sadalinha baby e meias, muito comum na região de clima quente e úmido. Possui um corte de cabelo que já demonstra sua relação com a cultura indígena. A menina é formada pela miscigenação de índios e nordestinos, assim como muitos acrianos. Provavelmente essa foto foi tirada apenas com a intenção de registrar a criança, pois o lugar é a residência da família, diferente da segunda foto que registra uma cerimônia de Primeira Comunhão dos irmãos de Marilia.
A segunda foto é um recorte de uma foto maior. Todos estão dentro de uma igreja. Aos cinco anos de idade, Marilia veste um vestido longo, sem mangas e calça sandália. O cabelo ainda é curto, com a famosa “franja”. Não se trata de um vestido luxuoso e a criança não usa acessórios. Assim é possível perceber que a menina pertence a uma família humilde.
Na terceira foto, Marilia está com trinta e quatro anos. O figurino é uma blusa rosa, um macacão com estampas coloridas, brincos de pérola e tênis. Ela está em uma escola tirando foto com as crianças que em seguida irão assistir ao espetáculo “Cante para o Mundo”. Aqui é possível saber com que tipo de atividades Marilia trabalha atualmente.
A roupa que vestimos demonstra muito quem nós somos. O texto dessa semana nos diz que “Quando aparece em cena, o personagem já envia uma série de informações que estão contidas na sua forma visual.” Isso é verdade e também se aplica ao cotidiano, pois essa atividade comprova que é possível conhecer um pouco de alguém sem mesmo conhecê-lo. Basta observar detalhadamente como ele se caracteriza.
Marilia Bomfim

terça-feira, 23 de junho de 2009

agazeta.net


“Quem é o Rei?” encanta público nas primeiras apresentações

Rutemberg Crispim, da Agência Agazeta.net
Seg, 22 de Junho de 2009 16:58


Peça será apresentada na próxima sexta-feira, 26 e sábado, 27 no Teatro de Arena do Sesc, às 20 horas
Depois do sucesso das primeiras apresentações, o Grupo do Palhaço Tenorino (GPT), volta a apresentar a peça de teatro "Quem é o Rei?", nos dias 26 (sexta-feira) e 27 (sábado), sempre às 20 horas, no Teatro de Arena do Sesc. O espetáculo, que é uma comédia baseado num conto popular oriental, com duração de 1h10, encantou grande platéia que prestigiou a estreia.

Dinho Gonçalves afirma que peça convida as pessoas a refletir sobre os vários sentidos de poder e dos valores (Foto: Luciano Pontes/Agazeta.net)
Com texto de Marília Bonfim e direção de Dinho Gonçalves, "Quem é o Rei?", convida a platéia a uma reflexão sobre o poder e os valores da sociedade, de uma maneira alegre e descontraída.
"Na peça convidamos o público a fazer uma reflexão sobre os vários sentidos do poder e dos valores. A intenção é fazer com que cada um possa identificar e descobrir quem é o rei, nos diversos setores da nossa sociedade", explicou o diretor da peça, Dinho Gonçalves.
Para ele, a recepção positiva por parte do público que compareceu as primeiras apresentações, garante não apenas o sucesso da peça, mas a satisfação do elenco, que está motivado e realizado com o trabalho.

"Estávamos preocupados como seria a recepção por parte do público, mas depois da boa recepção por parte da platéia, estamos mais alegres e motivados. Essas próximas apresentações prometem muito", garantiu.

Quem é o Rei?
Data: sexta-feira, 26 e sábado, 27
Horário: 20 horas
Local: Teatro de Arena do Sesc


sábado, 20 de junho de 2009

Jornal O Rio Branco



Quem é o Rei?...
Grupo do Palhaço Tenorino lotou no teatro de Arena do Sesc

Dinho Gonçalves interpretando no palco
Não perca a encenação da peça: Quem é o Rei?...
Mais uma vez, o Grupo do Palhaço Tenorino lotou no teatro de Arena do Sesc, com a estréia da peça: Quem é o Rei?... Os amantes das antes cênicas que não prestigiaram o evento, contam com uma oportunidade ímpar, pois a nova apresentação acontece na noite de hoje, a partir das 20 horas.
Esta peça baseada num conto popular oriental, contou com a adaptação da conceituada teatróloga Marília Bomfim, que busca refletir no palco, o problema do ego humano, que não tem limites nesta relação conflituosa superiores / subalternos. Mas a direção ficou sob o comando do grande mestre das artes cênicas Dinho Gonçalves, que contracena com os atores desta nova geração. . "Optamos pela Meta/teatralidade, que permeia entre a ficção e a realidade", comentou o diretor do Grupo do Palhaço Tenorino, animado com a nova linguagem do experimentalismo.
Segundo ele, o enredo busca construir um paralelismo entre a ficção e a realidade, para que o público possa refletir sobre o verdadeiro personagem, que encarna o verdadeiro "Rei", nesta relação humana. Durante uma hora, os quatro atores desvendam os conflitos humanos, para que os espectadores possam matar a charada: quem é o principal personagem. "A nossa idéia é interagir com a platéia", confessa Gonçalves.
Ele salienta que o elenco é composto por quatro atores, (Dinho Gonçalves, Fabíola Freire, Marília Bonfim e André César),que por uma hora, revivem um história que fala das relações humanas. Cada personagem descreve com frieza, as relações de poder nesta convivência humana, com as suas dicotomias e incongruências, que permeiam o dia – a - dia dos Campos sociais. "Buscamos refletir sobre nossas atitudes e ações sobre os mais fracos", enfatiza o consagrado diretor, animado com a repercussão do novo trabalho cênico.
O novo trabalho do Grupo do Palhaço Tenorino conta com o apoio da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil e o patrocínio do Banco HSBC/ Bamerindus. Mas esta peça é indicada para maiores de 12 anos, por causa do tema que busca refletir sobre as relações humanas.

http://www.oriobranco.com.br/noticia.php?id=63

Página 20


Quem é o Rei?
Val Sales - valsales@pagina20.com.br
19-Jun-2009



Grupo do Palhaço Tenorino convida o público para mais uma grande estreia teatral neste fim de semana
O Grupo do Palhaço Tenorino (GPT) não para. Mesmo estando com a peça “A Menina e o Palhaço” em cartaz no Theatro Hélio Melo todos os domingos de junho, convida o público para assistir a mais um grande espetáculo. A obra “Quem é o Rei?” será apresentada hoje e amanhã e nos dias 26 e 27, às 20 horas, no Teatro de Arena do Sesc.
O diretor Dinho Gonçalves explica que a obra é inspirada em um conto popular oriental, sendo que o trabalho teatral do grupo está focado na metateatralidade, o que significa que o público vai ter oportunidade de observar ficção e realidade ao mesmo tempo.“É um espetáculo que fala de relações de poder. Todas as pessoas, em algum momento ou de alguma forma se vêem superiores às outras”, destaca. Como não poderia deixar de ser, já que fazer rir é o forte dos atores do grupo, a peça é uma comédia que garante divertir a platéia que comparecer.
O texto da obra “Quem é o Rei?” é escrito por Marília Bonfim, ofício que ela garante ter prazer em desenvolver. “Faço texto porque gosto. Escrevo porque sinto vontade de dividir alegrias”, garante. Para Marília, responder quem é o rei parece fácil, pois surge rapidamente uma série de nomes do tipo fulano, beltrana, cicrana... “Que tal incluir seu nome na lista?”, brinca ela.
“Quem é o Rei?” é uma tranquila peça de teatro. Uma comédia que provoca risos desconfiados e que nasceu da vontade de brincar com a fronteira existente entre a realidade e a arte. O diretor e ator Dinho Gonçalves, que interpreta o rei, lembra que a peça é a décima montagem do GPT, que aprende coletivamente a cada experiência.
“Já nos apresentamos em lugares importantes e interessantes como a Reserva Extrativista Chico Mendes, Teatro dos Náwas, Teatro do Sesc de São José do Rio Preto e a Casa de Acolhida Souza Araújo. Hoje vamos, mais uma vez, celebrar a arte de Dioniso no Teatro de Arena do Sesc, em Rio Branco”, ressalta. Em 2009 o GPT completou sua maioridade. “Já são 18 anos de produção, estudos e pesquisas, buscando um fazer teatral inspirado nos mais importantes teóricos do teatro”, garante Dinho. Os atores Fabrícia Freire e André Cezar também declaram que estão aprendendo muito com mais esse trabalho. “O processo de montagem está me acrescentando muito enquanto atriz e enquanto pessoa que aprecia a arte”, diz ela. Para André, a peça também é uma boa maneira de “perceber o rei que existe dentro de cada um”.
A peça “Quem é o Rei?” é financiada pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura e conta com o patrocínio do HSBC. O GPT tem ainda a parceria primordial do Sesc, por meio do projeto “Encena na Arena”. Esse tem o objetivo de levar todos os meses do ano um espetáculo diferente ao público amante da arte e da cultura. Além do riso garantido, o GPT garante meia-entrada para estudantes, comerciários e classe teatral.


Montagens do GPT

Fala Palhaço – Grupo Hombú

Maria Minhoca -Maria Clara Machado

Navalha na Carne - Plínio Marcos

Torturas de um Coração – Adriano Suassuna

Os Saltimbancos – Chico Buarque de Holanda

Tempo de Solidão – Francisco Braga e Dinho Gonçalves

Abajur Lilás – Plínio Marcos

A Menina e o Palhaço – Dinho Gonçalves e Marília Bonfim

Conte para o Mundo – Marília Bonfim

Ivete Martinello - Quem é o Rei?

Quem é o Rei?Hoje e amanhã e nos dias 26 e 27 de junho tem apresentação teatral da peça Quem é o Rei?, de Marília Bonfim, no Teatro de Arena do Sesc. Na encenação, o grupo do Palhaço Tenorino, com talento, garante as boas risadas do público.
http://www.agazeta-acre.com.br/Web/Noticias.do?ID_Not=19582

Estreia



Grupo do Palhaço Tenorino estréia hoje o espetáculo “Quem é o rei?”
TIAGO MARTINELLO


O Grupo do Palhaço Tenorino (GPT) estréia hoje, às 20h, no teatro de Arena do Sesc, a sua mais nova peça “Quem é o rei?”, escrita por Marília Bonfim e dirigida por Dinho Gonçalves. O grupo rea-lizará quatro apresentações (dias 19, 20, 26 e 27), abrindo o projeto do Sesc Encena na Arena, que tem por objetivo apresentar todo mês, até o final do ano, uma peça. O espetáculo é financiado pela Lei de Incentivo à Cultura municipal, patrocinada pelo banco HSBC. O ingresso custa R$ 12,00.
De acordo com Dinho Gonçalves, a obra retrata basicamente as relações de poder existentes em quase todas as situações do cotidiano de uma pessoa. O próprio título incita a reflexão de quem seria aquele que manda e aquele que o obedece, que também tem aqueles que o obedecem e assim sucessivamente, num ciclo hierárquico interminável. Tal autoritarismo é representado na peça por um dos personagens, que é um rei extravagante e vaidoso. O texto é baseado em um livro da escritora Regina Machado, que por sua vez é inspirado em um conto oriental popular.
“Este texto é a sua base, mas vale ressaltar que para ser transformado em uma peça de teatro foi preciso associá-lo a uma série de outros elementos. Tais como a dramaturgia, o humor, a encenação dos atores, os diálogos, entre outros requisitos necessários. A respeito da relação de poderes, um ponto bem marcante da obra é a abordagem de que os mais poderosos querem trazer para si todos os méritos por um bom trabalho, mas na hora de assumir a culpa por algo que deu errado, eles preferem passar para seus subalternos”, esclareceu o diretor e ator da peça.
A outra temática em destaque em “Quem é o rei?” é a possibilidade de interpretações pessoais. Segundo Dinho Gonçalves, as pessoas da platéia podem identificar um pouco do rei em alguém presente na sua vida, seja o marido, a esposa, o patrão, o filho, etc. “A peça não é um documentário e sim uma exposição das relações de conhecimentos de cada um. É algo interativo. A gente vê as coisas sob as nossas perspectivas e isso é o que torna a arte tão interessante”, completou.
Para este novo trabalho, o GPT, que realiza espetáculos no Estado há 18 anos, procurou inovar com uma metodologia mais ousada: a metateatralidade. O formato consiste em incitar no público a idéia de que a apresentação está sendo feita ora com encenação ficcional, ora com intervenções da realidade. “Isso mexe com a platéia, por isso decidimos adotar este elemento”, explicou Dinho.
Após as quatro atuações no Teatro de Arena do Sesc, o grupo avaliará a receptividade da peça, aperfeiçoando-a para futuras apresentações.
Arte não deve ser de graçaA popularização da arte é uma das discussões mais freqüentes entre os apreciadores de qualquer tipo de manifestação artística. Conforme Dinho Gonçalves, o Governo do Acre vem trazendo grupos de teatro de outros estados há algum tempo, barateando o preço das entradas para R$ 5,00 ou menos. No caso de estudantes de escolas públicas, o ingresso é gratuito. Por um lado, o contato com as culturas regionais é interessante. Por outro, a gratuidade das peças acostuma mal os acreanos.
“Neste ponto, o governo está fazendo um trabalho em contramão com o nosso. Todo mundo compra coisas na vida. Com a arte não pode ser diferente; deve haver um preço a ser pago, mesmo que seja mínimo, 1 real ou 1 kg de alimento. Eu vejo os mesmos estudantes serem ‘forçados por nota’ a assistiram peças, o que é péssimo ao teatro. Muitos deixam até o celular ligado durante as apresentações. E pior: vendem os seus ingressos para ficar de bobeira por aí. Isso é inaceitável”, criticou Dinho, que trabalha com teatro há mais de 30 anos.
O também conhecido como palhaço Tenorino ainda disse que as peças acreanas podiam ser mais valorizadas pelo governo e que se não fosse da parceria e bom senso das empresas não haveria como realizar com sucesso a maior parte dos espetáculos daqui. “As Leis de Incentivo à Cultura são as que mais ajudam, mas elas não cobrem todas as despesas de uma boa peça”, contou ele.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Teatro - UNB

A hegemonia na escola.

Renata, quero arriscar comentar a respeito da sua indagação “Quem se habilita em relacionar a escola com os conceitos hegemônicos de arte, de história, de educação, de relações sociais, etc?”
O primeiro pensamento que me vem à mente é a certeza de que pensamentos e posturas hegemônicas não possuem fronteiras definidas. Estão espalhados em todos os seguimentos sociais. Assim, a escola não está isenta dessa ideologia.
Nem todos os órgãos responsáveis pela difusão do saber têm o compromisso com a formação crítica do cidadão. Hoje, há professores que defendem uma educação para a obediência e a criação em série. Ainda é uma constante a presença de desenhos mimeografados para serem coloridos pelos alunos, como se esses fossem incapazes de criar suas próprias imagens.
Mas também existe escola consciente do seu papel, onde a hegemonia é questionada, levando o aluno a refletir sobre seus comportamentos e atitudes egocêntricas.
Dessa forma, acredito que a educação influencia e é influenciada pelo pensamento hegemônico.
Escrito por MARILIA BOMFIM às 21h33

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HEGEMONIA

Concordo com Antonio Henrique quando este afirma não acreditar em hegemonia. Claro que me refiro a "não acreditar" no sentido de não aceitar, pois, não podemos negar seu reinado no pensamento e comportamento da humanidade.
Temos realmente a tendência a pensar que existe uma arte maior que dita o que é certo, o que é belo, o que é chik, o que é moda. No meu pequeno entendimento, se houver técnica, talento e provocar os sentimentos do ser humano, pra mim é arte.
Mas, isso é o que eu penso conscientemente após uma reflexão sobre o assunto. Nossos comportamentos são impulsionados por nossa cultura, pelo que ouvimos e aprendemos com nosso povo. Assim, mesmo que de forma inconsciente, possuímos atitudes hegemônicas, visto que somos fruto do presente e de todo passado da humanidade.
O mesmo preconceito também pode ser associado à visão de que existe um povo melhor que outro, um Estado melhor que outro, uma cidade melhor que a outra e assim por diante. É o que o Dinho apontou em seu comentário como “colonialismo”. Alguém aqui já ouviu falar que os Estados Unidos é um país melhor que o Brasil?
Não podemos negar que ainda há quem pense que São Paulo e Rio de Janeiro são melhores que o Acre, Rio Branco é melhor que Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima é melhor que a Vila São Pedro, o Bairro X da Vila São Pedro é melhor que o Bairro Y, fulano é melhor que sicrano... Está ou não está presente em nosso inconsciente e se faz presente em nossa visão de mundo?
Atuando como artista e/ou professores, somos obrigados a nos policiar ainda mais durante nossa prática. Precisamos romper com essa postura preconceituosa que atinge a arte e o relacionamento entre os povos. Em algum momento começou e em algum momento precisa acabar! Por que não começar agora?
Escrito por MARILIA BOMFIM às 21h30
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SONHO

Dinho, gosto da forma como você termina seu comentário: “Sonho com uma arte mais provocativa, tal qual é a arte de Sebastião Salgado (fotografia) e Antunes Filho (teatro). Tenho convicção, entretanto, que esses (e outros) sonhos poderão se tornar realidade. Depende de mim, de você (Renata), dos colegas do curso de teatro e de todos os demais habitantes do Brasil.”

Ninguém consegue avançar sem sonhar e a arte é uma das poucas ações humanas que nos impulsiona ao sonho.
Quando estamos assistindo a uma peça de teatro, saímos da cadeira e vamos para o mundo apresentado pela dramaturgia. Parece uma magia, mas é real. Pra comprovar basta você observar a expressão presente no rosto do público.
Nessa “viagem”, experimentamos diferentes emoções e sentimentos ao nos revoltamos com algumas situações apresentada. Ao regressar dessa viagem começamos a sonhar com uma vida melhor. Do sonho para a ação é uma questão de tempo.
Escrito por MARILIA BOMFIM às 21h17
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Política, Arte e Educação.

Política, arte e educação! Temas diversificados que dialogam e caminham juntos na história acreana... Na história de toda humanidade.
Nosso olhar, de imediato consegue achar um a afinidade entre arte e educação. Quanto à política... Acreditamos que a política não tem nada haver com arte. Estamos enganados. Elas são interdependentes.
Na verdade nós abominamos a política partidária. Aquela velha política, que mais deveria se chamar “polititica”, que desvia verbas, confabula contra a grande maioria e fortalece as desigualdades sociais. A polititica trabalha com assistencialismo e, com isso, impede todo tipo de revolução capaz de melhorar a vida dos menos favorecidos. A arte e a educação precisam ser contra a esse tipo de política.
Investindo no conhecimento e proporcionando a fruição do homem, a arte e a educação são geradoras de mudanças sociais. A escola, através do conhecimento, conduz nosso olhar para o coletivo. Olhamos para a história da humanidade e começamos a conhecer nosso passado, tomar consciência do presente e planejar melhor o futuro. Escola compromissada com a qualidade de vida da humanidade ensina seu aluno a problematizar e olhar o mundo pelo lado oposto da passividade.
A arte, através do fazer e da apreciação, consegue desconstruir conceitos que limitam a criatividade do homem. Apoderando-se novamente da capacidade de criar, o homem deixa de ser consumidor passivo e passa a ser criador.
Você deve está pensando onde entra a política nessa história toda. Calma! Eu chego lá!
A política é a conseqüência dessa mistura entre arte e educação. Não estou falando de polititica. Estou falando de ações políticas. Conscientes de seus papéis, a arte e a educação provocam no homem uma imensa vontade de possuir ações políticas e sua visão é coletiva.
Que um exemplo de ação política? Os empates.
Quem não se lembra dessa página da história do Acre? Homens, crianças e mulheres de mãos dadas na frente dos tratores que colocavam a floresta no chão. Os empates foram ações políticas que salvaram o que ainda resta da Amazônia. Alguns morreram como Chico Mendes, mas suas ações políticas ainda vivem e ecoam pelo mundo.
Mas você deve está pensando: essa Marilia é contraditória. Ela fala dos empates para exemplificar o poder da arte e da educação nas ações políticas de homens e mulheres que, em sua maioria nem sabiam ler. Eram seringueiros que moravam afastados da cidade. Nunca visitaram museu!
Caros amigos, isso só nos demonstra que o conceito de educação extrapola os limites da escola. A educação, formal ou informal, pode mover o mundo. A arte extrapola as galerias. Ela pode vir pelas ondas do rádio, nas páginas do cordel ou rodopiar nos forrós da casa do cumpade.
Um cheiro bem acreano para todos!

Temporada 2009



A Menina e o Palhaço
19-Mai-2009

O espetáculo teatral “A Menina e o Palhaço” aborda temas que se opõem durante toda a apresentação, como vida e morte, alegria e tristeza, adulto e criança, pobre e rico e tantos outros.
Sucesso de crítica e de público, a peça é uma ótima pedida para todas as idades.

Quando: Todos os domingos de junho, às 17 horas
Quanto: R$10 (inteira) e R$5 (estudante)
Onde: Theatro Hélio Melo (Av. Getúlio Vargas, nº 309 - Centro), Rio Branco

QUEM É O REI?

http://portalamazonia.globo.com/cultural.php?idEventoCultural=3153

Espetáculo “Quem é o Rei?”
Rio Branco
Quem gosta de teatro, tem uma ótima opção, o espetáculo "Quem é o Rei?”, que terá apresentações nos dias 19, 20, 26 e 27 de junho, às 20h , no Teatro de Arena do SESC, situado na Av. Brasil, nº 173 - Centro, Rio Branco/AC.
O Grupo do Palhaço Tenorino informa que a indicação é para maiores de 12 anos.
O pessoal do teatro paga meia entrada, o ingresso possui o valor de R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia).
Serviço Evento:
Espetáculo "Quem é o Rei?”
Data: 19, 20, 26 e 27 de junho
Horário: às 20h.
Local: Teatro de Arena do SESC, situado na Av. Brasil, nº 173 – Centro. Rio Branco / AC
Ingresso: R$ 12,00 e R$ 6,00 (meia).

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Educação infantil de qualidade

Educação infantil de qualidade







06-Mai-2009
Centro de Multimeios da prefeitura de Rio Branco é referência em atividades pedagógicas para crianças
Todos os dias, crianças dos níveis I e II das diversas escolas da Educação Infantil do município de Rio Branco participam, pela manhã ou a tarde de atividades no Centro de Multimeios, uma divisão da secretaria Municipal de Educação.Com o tema Sítio do Pica-Pau Amarelo, as crianças que são levadas ao local por professores de suas escolas em transporte próprio do município são acolhidas pelas professoras que lá atuam – na verdade arte-educadoras, com recreação dirigida, brinquedos cantados, interação com fantoches e uma série de atividades para aproximá-las cada vez mais dos livros.
A professora Marília Bonfim, coordenadora do projeto lembra que diariamente o centro recebe uma média de 50 crianças. 25 pela manhã e 25 pela parte da tarde. Em sua maioria são meninos e meninos oriundos de bairros periféricos. A maioria nunca viu um computador de perto, embora estejamos em plena era digital, e nunca foram ao cinema.
Lá, participam de atividades na brinquedoteca, assistem filmes na sala de cinema e são agraciadas com belas aulas de leitura e contação de histórias na biblioteca infantil. Também brincam com softwares educativos no laboratório de informática.
Somente este ano já passaram pelo Centro de Multimeios mais de 550 crianças das escolas Bem-Te-Vi, Afonso Pinto e Alexandre Leitão e Ana Turan. A estimativa é de que até o final do ano sejam mais de cinco mil crianças.
“Cada visita tem o seu encanto. As crianças ficam muito felizes com os brinquedos, com a interação com os professores, as atividades lúdicas de recreação e com a aproximação que têm com os livros. Para nós que cuidamos desse projeto, é sempre um grande desafio, mas acima de tudo uma grande alegria podermos ajudar essas crianças com o mundo da leitura”, diz Marília Bonfim.
Na segunda-feira a tarde, duas turmas da escola Ana Turan visitaram o Centro de Multimeios. Era evidente nos olhos de cada uma das crianças a alegria pelo mundo novo que lhes era mostrado. O mundo dos livros lhes era apresentado de maneira simples, direta, mas com profundo cuidado. Impressiona a alegria das crianças ao ter o primeiro contato com os livros, a sala de brinquedos e, principalmente, com a sala de cinema e o laboratório de informática.
“A maioria destas crianças nunca assistiram a um filme em um cinema, nunca estiveram próximo a um computador, nunca tiveram oportunidade de manusear um livro infantil. É um mundo novo que lhes é apresentado e é sempre um prazer poder perceber como elas se deslumbram com este novo mundo”, conta Marília.
Espaço de referência de arte e educação
O Centro de Multimeios da prefeitura de Rio Branco, uma divisão da Secretaria Municipal de Educação é hoje um centro de referência como espaço alternativo que se destina ao incentivo à leitura, apreciação e produção artística, voltados para as escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries.
Criado na administração do então prefeito Jorge Viana, o centro tem por objetivo, segundo sua coordenadora, Marília Bonfim, promover o acesso aos bens culturais, direito de todo cidadão, através das linguagens literárias, artísticas e tecnológicas aos alunos da rede de ensino e comunidade em geral.
Marília, uma entusiasta do projeto, lembra que o espaço também serve para garantir a circulação dos trabalhos artísticos produzido pela equipe da Ciranda de leitura, promover o acesso ao livro, reconhecer a leitura como fonte de prazer, lazer e conhecimento, promover a apreciação artística dos alunos através da linguagem teatral e musical, viabilizar o processo de inclusão digital dos alunos, além de promover a educação musical e a criação de coros infantis.
Tema são as obras de Monteiro Lobato
Este ano, o Centro de Multimeios, o realiza mais uma edição Projeto Brinquedoteca que atenderá ao longo d e 2009, alunos da Educação Infantil. Todas as atividades desenvolvidas terão como tema o “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, de Monteiro Lobato.
A diretora do centro, Marília Bonfim explica que a escolha do tema se deu por ser Monteiro Lobato, um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Precursor da literatura infantil no Brasil, Lobato escreveu textos para crianças e a população em geral, principalmente o Sítio do Pica-Pau Amarelo, onde inventou muitos personagens, como Emília, Narizinho, entre outros.
“As histórias contadas por Monteiro são divertidas, encantadas e com um fundo de moral. Apresentam, também, personagens do imaginário literário e figuras folclóricas, tudo com um gostinho de meio rural”, defende Marília Bonfim.Ela lembra que em seus livros infantis existe sempre a presença do contador de histórias, “ora representado por Dona Benta, ora por tia Nastácia misturando erudito e popular, mostrando a importância destes para a formação cultural das crianças, por isso escolhemos Monteiro Lobato como tema deste ano e as crianças adoram”, diz Marília, que acrescenta:” através de seus vários personagens, Lobato criou um mundo de faz-de-conta, onde realidade e sonho não tinham fronteiras definidas. Com aventuras divertidas, Lobato ensina valores éticos, culturais revela o mundo rural, os problemas do dia-a-dia, e principalmente, desperta o censo crítico. As obras de Lobato ensinam através de brincadeira”.
Professores artistasAtriz premiada e profissional dedicada à arte de ensina arte às crianças, a coordenadora do Centro de Multimeios Marília Bonfim é o próprio reflexo daquilo que defende como prioridade para o local: o desenvolvimento de suas atividades, por artistas e professores, que trabalham em dois turnos com atividades para alunos do nível I e II da Educação Infantil para participarem de atividades no Laboratório de Informática, Biblioteca Infantil, Brinquedoteca, Sala de Cinema, Recreação e Apresentação Teatral.
http://www.pagina20.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6005

sábado, 18 de abril de 2009

A Gazeta -07 março de 2009
Jornal A Gazeta - 07 de março de 2009
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Palhaço Tenorino apresentará espetáculo teatral em Xapuri
TIAGO MARTINELLO
Para levar a arte tea-tral para o interior do Estado, o grupo do palhaço Tenorino realizará, hoje, às 17h, a apresentação da peça “A menina e o palhaço” na Escola Antero Soares Bezerra, em Xapuri. O espetáculo, que terá entrada grátis e, por isso, será destinado a todos os tipos de público, faz parte de um projeto aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
O diretor do grupo, Dinho Gonçalves, explicou que a apresentação de hoje é a sexta de um projeto que começou desde meados do ano passado a fim de levar o teatro para 10 municípios do interior do Estado. Depois de Xapuri, a organização espera, dentro de uma semana, encená-la em Sena Madureira. As cidades de Plácido de Castro, Epitaciolândia e Senador Guiomard serão as próximas a serem agendadas.
“Eu tenho fome de levar o teatro para os lugares que não têm. É uma experiência fantástica porque se trata de uma arte milenar muito importante. Na própria Capital quase não há espetáculos, imagine no interior. Será que eles têm de vir a Rio Branco sempre que quiserem assistir uma peça? Não é justo e por isso que a idéia do meu projeto foi desenvolvida. Eu, por exemplo, estou louco para ir ao Jordão ou outras cidades. Todos só têm a ganhar com essa difusão do teatro”, comentou.
Para a população de Rio Branco que estiver ansiosa para ver ou rever o espetáculo do palhaço Tenorino ainda haverá chances. De acordo com Dinho Gonçalves, a resposta do projeto foi tão boa que o grupo pretende se apresentar na Capital acreana, provavelmente no mês de julho.
A respeito da Lei de Incentivo à Cultura e ao Desporto, lançada nesta semana pela Prefeitura de Rio Branco, através da Fundação Garibaldi Brasil, Dinho Gonçalves adiantou que trabalhará para apresentar algum projeto, o que significa que poderão haver mais realizações do grupo do palhaço Tenorino na cidade.

“A menina e o palhaço”A peça foi criada em 2001, escrita pelos dois atores principais, Dinho Gonçalves e Marília Bonfim. Ao todo, já foi apresentada mais de 300 vezes, inclusive em grandes cidades do Brasil, como Belém, Cuiabá, Macapá, Roraima, etc. O diferencial da obra consiste na abordagem de temas contrastantes da atualidade, pesquisados em livros de psicologia e relacionados a situações vividas por crianças.
“Por exemplo, a pobreza e a riqueza; a tristeza e a alegria; adultos e crianças e, o que talvez seja o mais marcante, a vida e a morte. Trabalhamos com muita seriedade para torná-la interessante; reflexiva. E não algo bobinho para crianças, que, no fim, não representará nada de útil ao seu desenvolvimento, levando em conta que todo trabalho de teatro educa ou deseduca. Não é raro as pessoas se emocionarem e sentirem vontade de chorar enquanto assistem”, ressaltou Dinho Gonçalves.
Sinopse: O espetáculo teatral conta a história de uma menina de baixa renda que sonha em ter o palhaço Tenorino na sua festa de aniversário. Um dia surge a oportunidade de ela conhecê-lo. Daí surge todos os detalhes e desenvolvimento da história que podem ser conferidos na apresentação.
Nem tudo se faz sozinhoAtravés da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a empresa que ajudou o projeto a se concretizar, recebendo os bônus de troca, foi a Ferramacre Materiais de Construções. “Depois do edital da Lei, eu mandei o projeto e ele foi aprovado com bônus de R$ 10 mil para ser realizado. A Ferramacre nos ajudou bastante comprando os nossos bônus (isto é, ao invés de ter de pagar R$ 10 mil em determinados impostos, destinou a quantia ao projeto do grupo do palhaço Tenorino. Assim que funcionou a Lei Estadual).
Para o evento na cidade de Chico Mendes, Dinho Gonçalves explicou que o grupo de teatro “Arte na Ruína” e a Secretaria Municipal de Cultura deram todo o apoio na organização e promoção local. “Eles mantiveram o nosso contato com a sociedade e nos pouparam bastante trabalho”, agradeceu Gonçalves.
CADA TEMPO TEM A OBRA DE ARTE QUE MERECE!

A atividade proposta na Tarefa 4 de História das Arte Visuais 2 , do Curso de Teatro da UNB/UAB, consiste em fazer uma leitura de três obras de arte produzidas em diferentes períodos históricos. Depois da análise, o aluno é convidado a criar sua própria obra.
A primeira imagem é a “Venus de Urbino”, pintada por Tiziano Vecellio, em 1538, em pleno período renascentista.



No primeiro plano, temos a figura de uma mulher com os olhos abertos. Não se trata mais de um ser mitológico, mas de uma mulher real, mostrando o ideal de beleza da época, com suas formas arredondadas e corpulentas, ombros largos e seios pequenos.

"A Vênus de Urbino" seria inspiração para "Olympia", do impressionista francês Manet mais de três séculos depois.

Nudez feminina não era exatamente novidade nas artes plásticas no ano de 1865, quando o pintor impressionista Édouard Manet (1832-1883) exibiu em Paris sua tela “Olympia”. O que se enxergava entre as molduras não era apenas o nu, mas o retrato da prostituição, da cortesã tão em voga na época, recebendo flores de um possível cliente. Trata-se de uma jovem prostituta nua, chamada Victorine Meurent. Acredita-se que é a modelo favorita de Manet. Nessa obra, a modelo está com um gato negro aos seus pés no lugar do cachorro de Tiziano
De certa forma, a cena escancarava o que a sociedade francesa tentava a todo custo esconder. Na época em que essa obra foi apresentada, o escândalo foi tão grande, a ponto de serem necessários dois policiais para resguardar a obra da fúria dos conservadores.
A terceira imagem é uma fotografia colorida, de Yasumasa Morimura, de 1988.



Trata-se de uma obra contemporânea que já não se preocupa com um possível “escândalo”, como ocorreu com a obra de Manet. A figura feminina cede lugar à masculina, nos remetendo ao homossexualismo, o que tem tudo a ver com uma época cuja bandeira de luta é o respeito à diversidade.
Essa três obras nos confirmam a idéia de que a obra de arte deve ser vista do ponto de vista técnico e histórico. Portanto, precisamos ter um olhar diferenciado para cada uma delas.
Para finalizar essa tarefa, deixo registrada aqui minha “Olympiazinha”, que nasce do universo infantil colorido que reina dentro de mim. Essa criação foi feita com minhas bonecas e contou com a participação toda especial do meu filho José Neto. Com a imagem na mão, ele foi atentamente “fiscalizando” a posição das bonecas e ainda me emprestou o ursinho rezando com as mãos juntinhas.
Cada obra no seu tempo!
Cada tempo tem a obra de arte que merece!
Marilia Bomfim.


"Olympiazinha"
Marilia Bomfim e José Neto
Acre, novembro de 2008

A Tribuna

JORNAL A TRIBUNA
Rio Branco- Sábado, 18 de Abril de 2009


Grupo leva A Menina e o Palhaço ao interior do Estado

A peça A Menina e o Palhaço fechou ontem a turnê pelo interior do Estado. Ao todo, foram dez espetáculos organizados em municípios que não possuem um calendário de encenações artísticas.
De acordo com um dos produtores e artista Dinho Gonçalves, as últimas cidades que receberam o show foram Senador Guiomard e Plácido de Castro.

“As apresentações foram realizadas em centros de convivência e escolas, porque não há espaço apropriado para esse trabalho no interior”, falou.

Dinho contou que o objetivo das apresentações foi chegar a um público que geralmente fica excluído das atrações teatrais.

“Geralmente, as peças são encenadas apenas em Rio Branco, deixando o interior carente de atividades artísticas, por isso resolvemos organizar um projeto que foi aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura do Estado”, detalhou o artista.

A Menina e o Palhaço está em cartaz desde 2001, realizando apresentações em diversos Estados, como São Paulo, Paraná, Roraima e Amapá.

A peça procura ilustrar o relacionamento entre uma menina pobre e um palhaço, trazendo ao palco as diferenças sociais, além de abordar a morte como uma fase natural para o desenvolvimento humano. (Freud Antunes)

quarta-feira, 25 de março de 2009

O Primeiro Encontro


Meu primeiro encontro apaixonante com o teatro.


Eu morava em Cruzeiro do Sul e estudava na escola Craveiro Costa. A professora disse que iríamos ao auditório assistir a uma peça de teatro chamada "A Gata Borralheira". Eu não sabia o que era teatro. Nem me empoguei!

Quando começou o espetáculo eu realmante sai do real. Lembro-me de cada detalhe: o figurino, a sonoplastia, os adereços... Foi lindo! quando terminou fiquei pensando na peça durante vários dias. Comecei a repetir, sem parar:
_Eu quero fazer aquilo também! Mas, como?
O tempo passou e eu vim morar em Rio Branco. Na primeira oportunidade entrei em um grupo de teatro e sou casada com a arte até hoje.