quinta-feira, 2 de setembro de 2010

J. Borges

“O cordel agoniza, mas não morre!”
“A mentira é que agrada o público”.
“O poeta vai captando assim do juizo dele...”
“Passar dentro do roçado”.
“Diabo, mulher e cobra é o que mais realça no cordel.”
“Eu exploro a mulher com todo respeito. Exploro muito na gravarua e no cordel também. Tudo, Todo tipo de arte de escrita de filme de qualquer coisa, respeitosamente, se não tiver uma mulher, fica uma tristeza.”
Eu considero uma gravura minha, pequena, grande e média, um filho!”
Quem faz o próprio julgamento é o povo”
“Todo mundo pensa que existe diabo. Não existe.”
J. Borges.
Aprendi muito com esse vídeo. Mas, o que eu queria saber mesmo nesse fórum é se alguém ... “Tem o folheto da cama rangindo?”
"Se agradar, agradou. Se não agradou, foi brincadeira"

Sobre o vídeo e o fórum dessa semana, do Curso de Teatro da UAB/UnB, Disciplina de Cultura Populares!
 
Olá turma!
Quantos apontamentos importantes para nossa vida!
Discussões como essas, nos ajuda a valorizar nossa cultura popular = Cultura tradicional = patrimônio imaterial.
O vídeo traz uma verdade: já está na hora do saber popular ser considerado saber científico em nossas Universidades. Os verdadeiros Mestres precisam ocupar suas cadeiras de educadores nas salas de aula onde se formam especialistas! Eles possuem o verdadeiro saber, a práxis.
José Francisco Borges J Borges, de Pernambuco nos impressiona com sua verdade, segurança no que faz e fala. Ele conhece sua arte e fala como quem a ama também.
Eu nunca tinha ouvido falar desse cordelista. O vídeo nos permite perceber realmente que se trata de um gênio do Cordel.
Muito interessante quando ele diz que, com medo de limpar cana, se dedicou a arte. Acho que o artista mora dentro de cada ser humano. O que falta para cada pessoa, é uma desculpa para encontrá-lo. Seu J. Borges a encontrou.
Com esse vídeo e associando-o também a outros artistas populares que conheço, percebi que a maioria são auto-didata. A experiência vem da experimentação. E como eles possuem uma visão abrangente! Seu J. Borges faz sérios comentários a respeito da forma de se fazer cordel do artista popular e do artista “letrado”, dá detalhes sobre como se publica e o que (e por que) mais se vende. Faz uma série de apontamentos que desconhecemos e que ele domina como ninguém. Ele é um verdadeiro Mestre, fala porque sabe, vive sua arte no dia-a-dia.
Já prestaram atenção como o artista popular é explorado por outros paízes. O Brasil, com sua visão colonialista, ainda precisa melhorar muito seu olhar para sua arte. Quando J. Borges falou das viagens ao exterior, lembrei logo do nosso saudoso Hélio Melo, que viajava o mundo com sua arte única, com sua simplicidade invejável. É biopirataria cultura!

Um cheiro!