segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sobre Ilo Krugli

Gostaria de me aventurar a falar de Ilo Krugli!


De 14 à 31 de maio, o governo do Estado do Acre promoveu a “Festival Vento Forte”, através da Usina de Arte João Donato. Ainda é possível assistir uma série de vídeos no You Tube sobre esse evento (digitando “Festival Vento Forte Acre”). Assim foi possível conhecer de perto o trabalho desse renomado ator, dramaturgo e diretor teatral.
O porquê da realização do “Festival Fentoforte” ninguém ficou sabendo ao certo. Alguns afirmam que o festival foi realizado para que o acriano tivesse contato com o verdadeiro teatro; outros afirmaram que eles vieram para contribuir com o curso de teatro da Usina. Há quem diga que essa foi a forma encontrada para ensinar os aristas a fazer teatro. A classe artística está até hoje se perguntando por que o governo não promove também um festival com as produções locais? Chega a ser engraçado! Bom, essas conversas fizeram com que muitas pessoas não acompanhassem o “Festival Ventoforte”.
Independente desse fato, eu assisti todos os espetáculos do Ilo, porque sei que não há motivo forte o suficiente que justifique a um artista não apreciar o trabalho desse renomado amante do teatro. Assisti duas vezes às peças “Bodas de Sangue” e “Se o Mundo fosse Bom o Dono Morava Nele”. Lindas!
Eu e o Dinho convidamos Ilo e seu grupo para jantar em nossa casa. Passei a noite toda com vontade de tirar uma foto com ele, mas fiquei envergonhada de pedir. Comemos moqueca de peixe, regada à muita conversa. Ilo é sinônimo de simplicidade e alegria. Fala de teatro a noite inteira e não se cansa! É uma delícia ouvi-lo!
Quando assistimos as montagens de Ilo, a primeira palavra que me vem à mente é “poesia”. Ele parece querer casar o teatro com a poesia! Seus recursos cênicos são simples e se repetem em diferentes espetáculos. Usa e abusa dos tecidos e dos quatro elementos da natureza: terra, fogo, água e ar. A música também está presente e em muitas peças o público participa literalmente das cenas. Eu mesma e meu filho José Neto, fizemos muito pão na peça “Mistério no Fundo do Pote”.
Acredito que todos esses aspectos do trabalho de Ilo servem de referência para o trabalho com teatro na sala de aula. Aprendemos que não é preciso complicar na hora de cria e encenar. Tudo pode partir do simples, objetivando alcançar o que a arte tem de melhor.
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Ilo Krugli, segundo a Wikpédia:

Ilo Krugli Buenos Aires - dezembro de 1930. Diretor,ator, artista plástico e escritor. Muda-se para o Brasil em 1960, é naturalizado brasileiro desde 1961. Primeiro trabalha na cidade do Rio de Janeiro e depois reside em São Paulo, a partir de 1980. Uma das principais figuras do teatro para crianças no Brasil, é também o fundador de um dos mais importantes grupos teatrais da história artística do Brasil - o Ventoforte.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilo_Krugli

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Carta ao Multimeios



Engana-se quem pensa que por ser uma atrizes possuo facilidade para falar em público e expressar meus sentimentos a qualquer momento.

Quando me expresso no palco tenho consciência do contexto onde estou inserida e sei exatamente o que acontecerá em seguida! Então, falar é muito simples! Penso, sinto e falo. Pronto! Mas, na vida as situações não permitem ensaios.

Antes de falar surge um medo de cometer injustiça ao mencionar o nome de alguém e esquecer outro, de chorar no meio da fala e estragar a alegria ou simplesmente de não conseguir expressar o todo. Nem sempre sabemos por que merecemos tantas coisas boas.

Hoje, me senti homenageada por um grupo de pessoas que convivo diariamente. Confesso que fiquei desconcertada. Achei mais fácil “disfarçar” que estava tudo bem, que tudo era comum e natural. Difícil mesmo foi falar!

Como dizer as palavras certas, com a certeza de que elas sairiam com a intensidade do sentimento daquele momento?

É difícil imaginar ser possível improvisar um discurso capaz de dizer “Muito obrigada pelo carinho, respeito, confiança...”. Sem ensaio ficou difícil arriscar!

Sei que estou longe de ser merecedora de tanto carinho, mas eu quero dizer agora, aqui nessa parede, mesmo sem ensaio: muito obrigada! Valeu. Que o Senhor Jesus Cristo retribua em dobro tudo aquilo de bom que vocês desejaram para mim, nos meu aniversário de 35 anos de idade.
Um cheiro!

De Marilia,
Para o Multimeios!

Rio Branco-Acre, 08 de setembro de 2009
23 horas.