sábado, 22 de agosto de 2009

O Muro Que Nos Separa




MEMORIAL DESCRITIVO


O Muro Que Nos Separa
Marilia Bomfim Melo Gonçalves


Durante todas as leituras dos textos de TCE3, observei que a mídia, mais especificamente a TV, é uma espécie de muro que separa as pessoas. As músicas disponíveis no Ambiente de Aprendizagem confirmaram minha observação, principalmente a composição de Chico Buarque.
Realmente, a TV separa os seres humanos!
Para realizar essa atividade, pensei em várias formas para falar sobre o poder da mídia. Pensei em fazer uma arte sobre o slogan da Rede Globo, substituindo a frase “Globo e Você, tudo a ver!” por “Globo e você, tudo a dever”!
Também imaginei a população brasileira, com toda sua cultura, deixando o aparelho de TV do lado de fora do planeta. Isso parece impossível. Ou não é? Acredito que nossa cultura está sendo substituída por modismo e a televisão é a maior culpada.
Como achei melhor me concentrar na televisão que dificulta o relacionamento das pessoas em todas as esferas de relacionamento, desenhei duas pessoas que querem se abraçar, mas não podem porque há algo no caminho. Algo que objetiva apenas riqueza e poder, e pouco se importa com os cidadãos.
A verdade é que aos poucos, o aparelho de televisão vai se tornando um membro da família muito querido, sendo convidado para participar de todos os encontros. A TV é ligada na hora no almoço, do lazer, do descanso e até mesmo na hora de dormir. Quando chega visita em casa, a TV é ligada como se fosse imprescindível sua presença. É lamentável!
A TV brasileira está no meio do povo com informações distorcidas, com programas que deturpam nossa visão da realidade, prejudica o crescimento de nossas crianças, a maturidade de nossos jovens e extingue nossos costumes. Resta saber se seu lado positivo (do qual não relatei nesse artigo) é maior que os malefícios provocados por esse muro chamado TV.

A grande Família Brasileira?


A Grande família é um seriado exibido pela Rede Globo desde março de 2001. Trata-se trata-se de uma reinterpretação moderna de um seriado que foi ao ar no período de 1972 a 1975.
O elenco desta nova versão é formado por Marco Nanine (Lineu), Marieta Severo (Nenê), Pedro Cardoso (Agostinho), Guta Stresser (Bebel), Lúcio Mauro Filho (Tuco),Andréia Beltão (Marilda), Marco Oliveira (Beiçola), Tonico Pereira (Mendonça).

No programa que foi exibido no dia 13 de agosto de 2009 denominado “Quem Quer Ser Um Taxista?”, Bebel e Augustinho travam uma disputa pelo mercado de trabalho e é evidente que uma guerra do sexo passa a compor o enredo.
A Grande Família se propõe a retratar a família brasileira de classe média com seus encontros, desenconcontros, conflitos e anseiso, o que nos faz relacioná-la com a Comédia Nova. Vale ressaltar que essa família apresentada na série é a imitação das famílias dos grades centros do Brasil e em muito se diferencia das família de outras regiões do país.
Os questionamentos políticos ou as preocupações com educação, saúde ou cultura não estão presentes nos diálogos dos personagens. Tudo gira em torno da sobrevivência diária, dos romances e dos relacionamentos com visinho e amigos.

Augustinho é o personagem mais cômico com seus tragens coloridos caracterizados como “brega” . Ele traz as características de um malandro trapasseiro que se aproveita das pessoas que o cercam. Para ele não existe justiça. Mesmo ao final da história, Augustinho sempre se sai bem. Seu comportamento se mostra ao público como normal, visto que Augustinho é o “engraçadinho” da história e é o oposto de Lineu, que simboliza a moralidade (talvez, por isso, vista roupas "ultrapassadas" e está sempre muito sério).
Sabedores de como a televisão influencia o público, podemos concluir que o comportamento de Augustino e o fato dele sempre se sair bem das situação, é o aspecto mais prejudicial da Gande Família e deveria ser modificado o mais rápido possíve, pois ser engraçadinho não insenta o cidadão de cumprir seus direitos.
Há ainda um apelo muito grande ao consumismo feminino durante os comerciais, por isso, é possível perceber que realmente o público alvo dessa série é o adulto, em especial, a mulher. Todos os comerciais são voltados para a figura feminina, até mesmo propaganda de iogurte, além de divulgação de bancos, consercionárias e produtos de beleza. Interessante que o episódio enfocava a vontade de alguns personagens possuir um carro. Logo em seguida, os comerciais de consercioárias já eram a maioria.

Realmente, tudo é muito bem calculado na televisão brasileira. A a grande família brasileira precisa ficar mais atenta aos detalhes na hora de assistir a programação da TV.

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Poder da Mídia


O tema central do filme “O Quarto Poder”, dirigido por Costa Gravas, é o poder da mídia perante a sociedade e sua influência na formação da opinião pública. Os personagens principais são: Repórter Max Brackett, interpretado por Dustin Hoffman; Sam Baily vivido por John Travolta e Alan Alda, interpretado por Kevin Hollander.

Os repórteres queriam fama e audiência, enquanto que Sam, de início, queria ser ouvido pela dona do Museu que o despediu. Depois de ser envolvido em um verdadeiro show de TV ao vivo, Sam desejava voltar para casa e ser aceito por sua família. Sua intenção nunca foi de seqüestrar crianças e fazer exigências à polícia.

O repórter Max induz as ações de Sam durante toda a história. No desfecho final, o próprio filme tenta causar no público uma comoção ao apresentar Max arrependido de suas atitudes, como se ele não tivesse nenhuma responsabilidade com o fim trágico de Sam.


Há uma série de hipocrisia e trapaças entre a própria categoria de profissionais da imprensa. O filme mostra a falta de ética profissional, onde a sociedade pouco importa para aqueles que decidem o que vai ser veiculado. Uma mesma reportagem, por exemplo, é editada de diferentes formas, obedecendo aos interesses das emissoras.
Esse filme apresenta também o que acontece no Brasil, pois os fatos são muito parecidos com a realidade da TV brasileira. Podemos associá-lo ao caso Eloar, onde a população foi “convidada” a não parar de assistir. Podemos citar ainda o sequestro do Silvio Santos ou todas aquelas reportagens que passam nas emissoras durante as tardes. “O Quarto Poder” mostra o mesmo circo armado.
“O Quarto Poder” é um filme que apresenta a mídia como o primeiro poder dentro de uma sociedade. A história de Sam provoca reflexão e emociona o público a partir de um roteiro muito bem pensado e interpretado.
Evidente que o filme e o documentário da semana “Muito além do Cidadão Kane” tem muito em comum, principalmente porque mostram o maniqueísmo doentio das emissoras de TV em busca de audiência e poder. O documentário produzido pela BBC de Londres centraliza-se na realidade brasileira, onde a Rede Globo influencia a vida política, social e cultural da população. Produzido em 1993, nunca foi ao ar no Brasil por decisão judicial, pois a Rede Globo não liberou as imagens de sua emissora.


“Muito além do Cidadão Kane” mostra o poder da TV Globo nas decisões políticas e seu envolvimento com contratos ilegais e apoios governamentais tendenciosos. Através de fortes argumentos, esse documentário nos apresenta uma emissora que ignora, distorce e manipula informações em prol de interesses econômicos e políticos. Os exemplos da eleição de Collor e a omissão da Rede Globo diante dos absurdos do Regime Militar são os pontos mais impressionantes do documentário.
Diante desse tipo de produção, também fica a interrogação do porquê a BBC teria interesse em ajudar a população brasileira a enxergar quem realmente é a Rede Globo. Por quê? Existe boa intenção nesse ramo?
Infelizmente temos que concluir que ainda estamos longe de possuir uma imprensa democrática capaz de promover a livre expressão. Precisamos, portanto, ficar mais atentos às informações e reconhecer que a família, e principalmente a escola, necessitam urgentemente levantar essa discussão, objetivando formar cidadãos mais críticos capazes de reconhecer o que realmente tem por trás das informações da mídia.

sábado, 15 de agosto de 2009

A roupa em três fases da vida






Foto 1 Foto 2 Foto 3
As fotos acima são da mesma pessoa: Marilia Bomfim, nascida em 1974.
A primeira foto foi tirada aos nove meses de idade e na ocasião Marilia está com uma fralda plástica, sadalinha baby e meias, muito comum na região de clima quente e úmido. Possui um corte de cabelo que já demonstra sua relação com a cultura indígena. A menina é formada pela miscigenação de índios e nordestinos, assim como muitos acrianos. Provavelmente essa foto foi tirada apenas com a intenção de registrar a criança, pois o lugar é a residência da família, diferente da segunda foto que registra uma cerimônia de Primeira Comunhão dos irmãos de Marilia.
A segunda foto é um recorte de uma foto maior. Todos estão dentro de uma igreja. Aos cinco anos de idade, Marilia veste um vestido longo, sem mangas e calça sandália. O cabelo ainda é curto, com a famosa “franja”. Não se trata de um vestido luxuoso e a criança não usa acessórios. Assim é possível perceber que a menina pertence a uma família humilde.
Na terceira foto, Marilia está com trinta e quatro anos. O figurino é uma blusa rosa, um macacão com estampas coloridas, brincos de pérola e tênis. Ela está em uma escola tirando foto com as crianças que em seguida irão assistir ao espetáculo “Cante para o Mundo”. Aqui é possível saber com que tipo de atividades Marilia trabalha atualmente.
A roupa que vestimos demonstra muito quem nós somos. O texto dessa semana nos diz que “Quando aparece em cena, o personagem já envia uma série de informações que estão contidas na sua forma visual.” Isso é verdade e também se aplica ao cotidiano, pois essa atividade comprova que é possível conhecer um pouco de alguém sem mesmo conhecê-lo. Basta observar detalhadamente como ele se caracteriza.
Marilia Bomfim